quinta-feira, 3 de março de 2011



O tesouro de Tina
Era uma vez uma garota chamada Tina, que morava no Texas. “Morava”, pois um belo dia sua família teve que se mudar para uma cidadezinha chamada Virginia no leste do país mais conhecida como cidade do tesouro perdido...
Tina estava surpresa com o que tinha acontecido, queria muito poder ficar, mais era grave; sua tia tinha ficado muito doente, e estava à beira da morte, ela não teria quem cuidasse da casa se morresse.
No final da mudança, Tina foi ver os cômodos da nova casa, afinal não poderia estar morando lá se não conhecesse sua nova casa direitinho. Foi quando ela viu uma porta pequenina no fim do corredor que nem uma idade a mais caberia La, ficou surpresa e suspirou bem fundo e disse “La vamos nós”. Entrou com medo mais não viu nada, pois era um quartinho escuro sem luz e nenhuma iluminação, Pelo jeito ninguém ia La há anos, parecia que tinha um belo motivo para isso, também com aquela porta tão pequenina quem entraria La?
Então ela saiu de La as presses em direção ao caminhão de mudanças, não passou muito tempo e já estava de volta, com sua lanterna nova e um taco te beisebol na Mão. Então Tina acendeu a lanterna a apontou-a para todos os cantos e acabou não achando nada, desapontada ia fechando a porta quando viu um brilho no chão da cor de ouro, aproximou-se, era uma pequena chave, a aparência de ser de ouro com um pequeno diamante vermelho na ponta, pegou-a em sua Mão quando ouviu:

—Tina vamos sair para ver sua tia, quer vir junto?
Imediatamente Tina guardou a chave em seu bolso e disse em voz alta:
—Não mãe, agora não!
—Esta bem. Disse sua mãe, Então se precisar é só ligar vamos de carro e já voltamos você pode dar uma olhada no bairro também e conhecer alguns amigos novos!
—Tudo bem mamãe podem ir, vou tentar conhecer alguns amigos.
Seus pais foram em bora, e Tina resolveu seguir os conselhos de sua mãe. Foi em busca de novos amigos.
Saiu pelo bairro em sua bicicleta e logo encontrou uma padaria bem na esquina, com uma escola do outro lado da rua, parecia ser uma escola comum, pensou ela, avistando ali mesmo um diretor bem furioso saindo na maior velocidade em seu carro e murmurou “será que eu vou estudar La? Espero que não”

Saiu em busca de uma doceiria, afinal que Jovem não iria estar lá em pleno o final de semana? Ela pedalou e pedalou até que achou uma doceiria, era gigante com um cartaz de neon em formato de balas e pirulitos, achou um máximo, quando entrou
reparou muitas Jovens em uma única fila, sem ninguém precisar nem se quer dizer o que fazer, elas sabiam corretamente; fazer uma fila única para um de cada vez pegar o seu sorvete.
Ficou realmente encantada com tanta organização, quase impossível de achar por aí, ficou com a boca aberta e até deixou escapulir:
—Nossa! Isso aqui é um paraíso de verdade!
—Não, não. Disse um homem com um uniforme vermelho e patins, isso é apenas uma loja de doces, o paraíso mesmo fica virando a esquina à esquerda na loja de fantasias!
—HAM? Indagou a menina.
—brincadeirinha minha. O que você deseja garotinha? Afinal você não deveria estar na fila? O sorvete pode acabar.
—Não. Respondeu a menina, só gostaria de conhecer amigos novos.
—Ótimo você só precisa ter uma boa personalidade e confiança. Recomendo-te o parque.
—Obrigada moço! Até logo.
—Tchau garotinha, e a propósito, você é nova no lugar?
—Sim, eu e minha família viemos do Texas para ver minha tia que esta doente.
—Que ótimo, mais uma linda cliente para a nossa doceiria. Ele sorriu.
—Há,há,há! Até logo.
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Tina foi à busca desse tal parque, que estava não tão longe dali, chegou lá rapidinho em tempo de ainda ter varias crianças por ali.
Não demorou muito para que já fizesse amizades novas. Até que achou um amigo super especial, por quê? Ele era divertido, bacana, legal e acima de tudo, adorava aventuras novas e divertidas. As melhores.
Então ele disse:
—Tina você gosta de mistérios e aventuras?
—Mais ou menos, respondeu Tina.
—Pois é eu adoro esses tipos de coisa, você uma vez já participou de uma aventura incrível para me contar?
—Não.
—Que chato. Mais tem certeza que você nunca se quer resultou-se de um mistério?
—Não. Disse ela novamente, mais eu...
—Você o que Tina? Fala-me, por favor, é sério me conta vai...
—Tudo bem no seu caso eu acho que posso abrir uma exceção, bem, eu acabo de me mudar para cá, e fui ver como é minha nova casa e vi um quartinho escuro no final do corredor...
—Chato... Só isso? Uma porta no fim do corredor?
—Não era uma porta comum, era uma porta pequena e escura da minha altura, duvido que você já tenha visto igual. Então peguei minha lanterna e olhei lá dentro até que vi uma luz no
Chão brilhando muito, eu cheguei perto e peguei-a, era uma chave com aparência ser de ouro de verdade...
—E tinha um diamante vermelho na ponta?
—Como você sabe disso? Por acaso você bisbilhotou minha casa?
—Não, nunca faria isso, é por que essa chave é a do tesouro perdido do capitão Peris do Navio pirata, ele é o capitão mais temido do mundo! E eu não acredito nisso, você achou a chave do baú agora você é a nova dona do tesouro perdido a milhares de anos. Você esta com a chave?
—Claro que sim, como não poderia estar?
Então Tina tirou a chave do bolso e mostrou á, atentamente para que ninguém a tomasse de sua mão.
—Nossa você achou mesmo! Deixe eu tocar, por favor, me deixa, eu sonhei por isso há anos.
—Claro que sim, eu deixo! Joaquim, então se essa é a chave onde esta o tesouro?
—Ele está... Ele não estava lá?
—Não. Onde ele pode estar?
—Se eu não me engano, no local onde estava à chave tem que ter um mapa bem próximo. Vamos a sua casa para eu ver este tal quarto então.
—Claro!
Então depois de tanto eles falarem sobre aquele tesouro, os dois foram para a casa de Tina ver o quarto quando avistaram um carro na porta de sua casa.
—Ai meu Deus! Meus pais já chegaram, eles devem estar me procurando, e se eles souberem dessa chave me botarão de castigo por um mês só por ter demorado fora de casa imagine se juntarem com a chave...
—Não, eles não precisão saber da chave do tesouro do capitão Peris do navio pirata. Ai isso é tão empolgante.
—Joaquim!
Ai desculpa!
—Mas você tem razão, meus pais não precisam saber de nada, a não ser de eu ter arranjado novos amigos pelo bairro!
Então lá foram eles entrando. Joaquim conheceu a família de Tina e os achou muito legais, a família também gostou muito dele até mesmo o convidarão para jantar naquela noite, mas ele se recusou, disse que poderia ser no dia seguinte e foi para aquele quartinho pequeno.
Chegando lá, procurando o mapa, ficaram tão contentes que só para ter idéia eles gritarão de alegria mais infelizmente procuraram e procuraram, mas não acharão nada mesmo parecia que o tal mapa lá não estaria, ficaram tão desapontados, que cada um se despediu do outro e foram embora.
No dia seguinte Tina já não tinha mais o que fazer a não ser organizar e tirar suas coisas do caminhão, mais tarde Joaquim chegou correndo em sua casa e disse:
—Tina, você não vai acreditar no que eu vou te contar!
—Diga Joaquim.
—Passou na televisão, que um garoto achou o mapa do tesouro do capitão, e vai entrar em busca por ele amanhã ás 9h da manhã. E agora o que é que nós faremos?
—Calma Joaquim, você nunca leu algum livro ou história de alguma coisa que podemos fazer?
—Eu... Acho que eu já vi sim, é o livro de Dom Quixote, eu acho e nele fala que temos que achar o ladrão antes da morte.
—O que? Ela se confundiu, mas se tocou. A é claro que sim vamos achá-lo e logo. Onde é que ele mora?
—Não é tão longe daqui, ele mora por essa região em Guilford. Mais ou menos 6 horas daqui até lá.
—Mais isso é muito longe.
—É eu sei, por isso mesmo que eu falei a distancia se nós formos de bicicleta, mas se formos de carro ou meio de transporte mais rápido, daqui até lá é só 1 hora e meia.
—Ufa, não da para esperar até amanhã, eu acordo tarde e também ele vai sair super cedo para mim.
—É verdade, mais eu posso pedir para o meu pai nos levar é rapidinho, mais só tem um problema, como vamos voltar?
—Fácil, pedimos para o pai do garoto nos trazer, legal Né?
—Muito fácil, agora temos só que achar o mapa, como meu pai também adora aventuras, tal pai tal filho, o garoto riu. Ele pode levar-nos mais rápido que um trovão, modo de dizer.
—Agora vou convencer meus pais, e nós vamos tentar sair daqui depois do almoço ta?
—Fechado, disse o garoto sorrindo como se aquela pudesse ser um começo de uma grande aventura...
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Então como combinado, os dois saíram depois do almoço, Tina se despediu dos seus pais dizendo que ia ficar na casa de um parente de Joaquim, fez sua mala, já pressentindo que a viagem iria ser longa, foi preparada para lá.
O carro saiu da cidade e bom Voyage, como se diz os ingleses, a viagem foi realmente muito longa, tiveram que batalhar contra o sol de lascar, mas quando chegou lá que foi difícil, pois tiveram que achar o endereço correto, não foi tão difícil, pois o garoto até ficou famoso na região, pois não eram os únicos, seus familiares também.
Antes de chegar a casa, pararam para comer em um restaurante bem chique, e acabaram sabendo que o tal garoto estava a partir no mesmo dia com medo de roubarem-no o mapa desse tesouro. Não adiantaria se o garoto saísse, pois a chave estava mesmo é com Tina e Joaquim.
Assim que chegaram lá na casa, o tal garoto já estava a partir com seu pai:
—Ei espera, disse Tina quase sem fôlego a correr.
—estamos com a chave, precisamos do mapa.
O garoto já dentro do carro não entendeu, e disse:
—O que eles querem pai?
—Eles disseram que precisam do mapa, foi o que entendi.
—A não, como eu temia.
O garoto e seu pai aceleraram o carro, mas sem sair do lugar, foi apenas para deixar o ar esfumacento para eles não enxergarem nada, pois ainda estavam esperando sua mãe.
Assim que Tina percebeu o que estavam fazendo, pediu para o pai de Joaquim barrasse a passagem da rua com o seu carro, Dito
e feito. Então solenemente, os dois tiveram que desligar o motor e desistir da viagem.
O garoto saiu do carro com o mapa na Mão e com o Mãos no alto. E gritou:
Eu me rendo, podem ficar com o mapa.
E lá de longe uma voz suave e cansada disse:
—Não precisa nos dar o mapa, só precisa vir conosco atrás do tesouro. Disse então Tina.
O garoto estranhou, mas quando Tina ergueu a chave para o alto, ele notou que era um grande mal entendido, os dois só queriam dar a chave para ele seguir viagem.
—A obrigado, vocês vieram trazer a minha chave.
—O que? Como assim sua chave?
—É como assim? Perguntou Joaquim.
—Ué! Vocês não vieram trazer a chave para eu procurar o tesouro?
Não! Disse Tina com voz de quem já estava de saco cheio. Nós viemos te ajudar a achar o tesouro, pois eu achei a chave dele em minha casa, e como diz a tradição, o mapa deve estar no local onde esta encontrada a chave.
—É! Disse Joaquim como se não tivesse prestando muita ajuda.
—Eu simplesmente achei este mapa de baixo do meu travesseiro...
—Como é que é? Perguntou Tina desamparada.
—Ai caramba! Gritou Joaquim. Aconteceu, então quer dizer que esse mapa e essa chave acabam de completar 5000 anos.
—Éca! Disse Tina com voz de nojo. Quer dizer que eu estou tocando em uma coisa pra lá de velha?
—Mais velha que o meu tatá ta ta ta ta ta ta tataravô!
—Não! Disse Joaquim. Quer dizer que a tradição foi cumprida, o pirata Peris uma vez disse que “Quando fizer 5000 anos desses meus pertences, e ninguém tiver os encontrado, eles se separarão e apenas três pessoas de fiel coração amigos de fé, por alguma razão encontrarão meus pertences, mas quando chegarem ao tesouro os esperará uma...”
—Uma o que?
—Eu não sei, disse Joaquim. O encravaram a espada no peito antes dele dizer.
—HÃM? Perguntou o garoto.
—Hein menino! Disse Tina. Antes de tudo, qual é o seu nome?
—AH é mesmo, O meu nome é Emanuel, E o de vocês?
—Meu nome é Tina e o dele é Joaquim.
Os garotos se encaminharam ao assunto e foram logo pensando, quem poderiam ser capaz de encravar uma espada no peito de um pirata? Mas como eles são meio pirados da cabeça, voltaram ao assunto.
—não creio, Disse Joaquim.
—O que foi, Perguntou Tina.
—Já são 5h da tarde.
—É melhor irem para casa, Disse o garoto. Onde vocês moram?
É muito longe daqui, pode crer, Respondeu Tina.
No final de conversa, todos resolveram que deviam ir para dentro e tomar um lanchinho. Todos três concordaram em sair de manhã cedo, para que pudessem encontrar o tanto esperado tesouro, aquela noite foi especial, pois cada um deles teve um sonho:
1# de Tina: com uma pedra azul e um machado.
2# de Joaquim: com um navio e uma colher branca.
3# de Emanuel: com um X e uma .
No dia seguinte, acordaram em baixo astral, por que no final desse sonho, veio um pesadelo, justamente trazido pelo capitão para atormentar os meninos.
Todos os garotos inventaram aquelas desculpas esfarrapadas para não ir, mas Tina os convenceu de todo o modo.
—Não garotos, nós vamos de todo jeito! Disse ela.
—Pra que precisamos partir? Perguntou Emanuel. Só vamos nos precipitar indo lá, você não viu o que o capitão disse? Ele disse que no tesouro nos esperará...
—Nada a ver, disse Tina outra vez. Esta noite tive um sonho muito estranho: sonhei com uma pedra azul e um machado.
—Sério! Disse Joaquim. Eu também tive um sonho estranho: sonhei com um navio e uma colher branca como a neve
—Ai! Sonhos, sonhos e sonhos! E daí, eu não tive nenhum sonho!
—A é Emanuel? Disse Tina. Quem disse.
—Eu!
—Então prova!
—É eu..... A desisto, eu sonhei com um X e uma pá depois veio um pesadelo, falei pronto!
A Emanuel como você é bobinho! Eu também sonhei e tive um pesadelo depois, mas eu lembrei que a força do bem é quem vence então passou!
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A Busca pelo tesouro
—A Tina tem razão, nós devemos prosseguir!
—Então vamos nós!
—Mas eu acho que nós devemos seguir a estrela do norte.
—Larga de bobeira Tina, nós temos que procurar os objetos de nosso sonho, ai nós podemos sei lá fazer uma engenhoca com eles como no filme que eu vi o nome era... Hum... Não lembro, mas eles faziam um negócio bem legal!
—Joaquim, você vê muitos filmes de ficção, mas isso não é filme, e se vocês pensarem bem, nós temos que encontrar é um navio afundado, pois são nos navio que tem tesouros!
—Mas garotos eu não quero ser rude, mas, a idéia de vocês são péssimas, eu acho que nós devemos é desistir!
—Tina! Desistir não está em nossos planos então você que vá embora, pois eu sei que vou sozinho encontrar o tesouro.
—Ah é! Pois é o que vai ser! Eu vou encontrar o tesouro primeiríssimo e vou sozinho, pois eu sei que vocês estão com inveja das minhas mais brilhantes idéias e vão querer me copiar, mas eu não vou deixar, se não meu nome não é Emanuel Pereira da... Sei lá o que!
Então todos se separaram e cada um seguiu sua idéia. Tina estava muito triste com a separação e ficou pensando: “meus pais podem estar preocupados, eu não disse que ia fazer uma viagem tão longa. Eu acho que devo voltar para a casa, mas como se estou a mais de quilômetros de distância? Acho que vou pegar carona em uma rodovia bem movimentada ou talvez eu possa ir de ônibus, mas voltarei agora, não posso ficar mais um segundo com essas duas crianças.”
Tina estava andando perto de uma praça, á caminho de uma rodovia quando o fantasma irmão gêmeo do capitão Peres a agarrou e levou-a para uma ilha distante com o seu navio:
—Me larga! Quem é você? — Gritava Tina desesperada.
—Calma garotinha, o meu nome é Villegaignon.
—Crédo! Que nome mais feio e difícil!
—Pois é. Meus pais não tinham bom gosto, a não ser minha tia Anne, que Deus a tenha. Mas vamos ao que interessa. Eu capturei você e vou pegar os seus amiguinhos por que eu quero pegar o tesouro do meu irmão o capitão Peres, então eu preciso dos três amarradinhos aqui na minha casa para que eu encontre o tesouro dele.
—Mas por que você quer o tesouro? Você não teve um como o seu irmão?
—NÃO! Minha mãe sempre gostou do meu irmão Peres, ele foi o queridinho dela, e aposto que ainda é, mas a herança era de meu pai, que Deus o tenha, e minha mãe estava à beira da morte então ele resolveu entregar a herança para um de seus filhos, mas como ele é o queridinho dela... Você já sabe né?
—Hum. — Murmurou a menina com cara de tédio total enquanto o capitão jogava uma garrafa de run em seus lábios e em seguida de tomá-la em um só gole atirá-la pelos ares.
—Seu porco! —Gritava ela. Sua mãe não te deu educação? Jogar uma garrafa assim pelos ares!
—Blá, blá, blá! Educadinha... Agora eu vou pegar seus amiguinhos, fique quietinha aqui eu já volto.
Enquanto isso, Joaquim foi á uma velha loja de apetrechos para encontrar os objetos dos seus sonhos. Olhou em todos os cantos, e acabou achando uma pá prateada, pegou-a rapidamente e levou até o balcão:
—Vou levar esta! —Gritou ele. É perfeita.
—É apenas um Dólar. —dizia o velho no balcão.
—Só isso? Meu pai pagou vinte em uma de madeira.
—Mas essa já é velha, e eu nunca vi alguém se interessar tanto em uma coisa tão velha.
—Aqui está!
—Vai querer mais alguma coisa?
—Não obrigado.
—Tem certeza? Nenhuma chave, pneu, corda, chinelo ou colher?
—Como você sabia da colher?
—Eu vejo em seus olhos.
—Mas não é uma colher qualquer, ela é branca.
—Hum... Eu acho que a vi em algum lugar. —Disse o velho procurando em um de seus inúmeros armários. —Encontrei!
—É essa mesmo!
—É de graça para você garotinho. E vem com um brinde, um machado.
—Como você sabia de um machado também?
—Eu não sei, apenas adivinho.
Joaquim levou as coisas para fora e ficou tentando encaixá-las de modo que formassem uma engenhoca.
Emanuel estava andando em todos os recifes e praias a procura de um navio afundado. Mas como sempre, nada era encontrado.
Enquanto isso, Tina conseguiu se desamarrar esfregando as cordas em uma rocha. E ficou pensando em um modo de sair dali ou chamar aos seus amigos.
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Não demorou muito e ela teve uma brilhante idéia, porém não original: Uma mensagem na garrafa. Ela pegou um pouco de graxa do navio espalhada pela areia, escreveu em uma folha de coqueiro:
Garotos,
Eu estou presa em uma ilha deserta a casa do capitão Villegaignon irmão do capitão Peres. Ele me capturou e vai matá-los para poder pegar o tesouro. Por favor, me ajudem. A localização é ao Norte.
Venham rápido,
De sua amiga, Tina.
Ela colocou a mensagem dentro de uma garrafa de run jogada pelo capitão, e a jogou ao mar.
Enquanto isso, Emanuel estava em uma praia, bem desamparado por não ter encontrado o navio, quando avistou uma garrafa ao mar:
—Bem típico. Disse ele enquanto corria para pega-la.
—Ai meu Deus! Eu tenho que avisar o Joaquim, vamos fugir do país!
Após encontrar Joaquim, Emanuel contou o que havia acontecido com ele, e os dois foram ao Norte de barquinho para salvar Tina. Chegando lá todos se reuniram e estavam prestes a fazer um plano quando um grito foi ouvido:
—Eu mato aqueles garotos!
—Ah não! O capitão voltou! Disse Tina.
—Vamos nos esconder, fugir ou gritar?
—Pare de bobagens Emanuel, vamos correr para o outro lado da ilha para o capitão pensar que já fugimos.
—Não vai dar Tina. O nosso barco está lá, como nós poderíamos ter fugido se nosso barco está aqui na ilha?
— Não importa, vamos para o outro lado da ilha para pensarmos.
Todos correram para o outro lado e se alojaram em uma gruta.
—Que lugar lindo — Disse Emanuel.
—Nossa! Disse Tina impressionada.
—Ai mais que soninho... Vamos dormir? Indagou Emanuel.
—NÃO! Gritaram os dois.
— Nós temos que sair daqui antes que o capitão nos encontre. Disse Tina enquanto avistava uma coisa brilhante debaixo d’água.
—Aquilo ali é um peixe neon? Perguntou ela.
—Não, acho que é uma pedra.
—A pedra azul de meu sonho! Gritou ela enquanto mergulhava para pegar a coisa azul brilhante. —É ela mesma!
—Ei! Ela parece com a pedra que eu vi no filme de contos de fadas.
—Você lê contos de fadas Joaquim?
—Sim! Você não?
—Hum... Deixa pra lá. Mas o que tem a pedra?
—Ela realiza um pedido de quem a encontrou.
—Eu já sei, podemos pedir um barco!
—Não Emanuel, ele poderia nos alcançar. Mas eu tenho coisa melhor, um meio de transporte especial.
Dizia a menina enquanto fechava os olhos pra desejar... E em um piscar de olhos, Todos começaram a voar!
—Isso é mágico! Gritou Joaquim.
—Vamos procurar o navio agora?
—Sim Emanuel, e vamos rápido.
Os três voaram por cima dos sete mares a procura de um navio afundado. Até que Emanuel avistou um ponto escuro na água:
—É ali! Gritou ele.
Eles desceram e mergulharam bem no fundo e vasculharam o navio:
—Nossa que lugar mais sujo! Deve ter uns 500 mil anos que nem a chave.
Os garotos olharam por toda a parte e não encontraram nada.
—Não tem nada aqui, deve ser o navio errado.
—Nada disso Joaquim, é o navio certo, nós só temos que encontrar a pista correta.
Já escurecia e todos perdiam as esperanças de procurar a tal pista quando Tina olhou para o céu e disse:
—Olhem a estrela do Norte!
—Vamos segui-la? Indagou Emanuel
—Eu acho que o navio já estava a seguindo, pois olhe, ele está direcionado pra a estrela.
—Bela observação Joaquim. Eu acho que essa é a pista, o navio deveria estar apontando para a ilha onde está o tesouro do capitão.
A magia da pedra havia terminado:
—Não! O que nós vamos fazer agora?
—Olhem uma pessoa de barco!
Os garotos chamaram a atenção de quem estava naquele barco e depois de subirem contaram-lhe toda a história, no início o homem não acreditou, mas depois de lhe mostrarem a pedra azul, nada mais era mentira.
Todos foram em direção ao norte. Navegaram a noite toda até encontrarem uma ilha escura e sombria:
—Belo lugar para esconder um tesouro né?
A ilha estava repleta de letras espalhadas e junto delas, muitas armadilhas! Todos ficaram surpresos, como o capitão queria que eles pegassem o tesouro se estava assim tão difícil?
—Minha nossa! Quantas letras! Vamos ter que encontrar uma letra X no meio disso tudo.
—É o jeito Joaquim, mas esse não é o problema. Está vendo aquelas cordas, pedaços de pau e todas as pedras? São armadilhas!
—Como vamos passar por isso Tina?
—Não faço a mínima idéia, vamos ter que pensar.
—Já sei! —Gritou Joaquim —Vamos fazer uma engenhoca com os itens dos nossos sonhos!
—Mas Joaquim, nós só temos a pá e a colher agora. Mas... Olhem! Tem um diamante na colher também!
—Parece uma colher mágica! Gritou Emanuel.
A colher era mágica, sim, mas ninguém sabia como usá-la, e de repente alguém gritou:
—Eu sei como se usar essa colher!
—Ué quem disse isso minha consciência?
—Não Emanuel, é o homem do barco. Como senhor?
—Essa colher já foi do meu pai, cavaleiro e mago do castelo mágico de Ungis.
—Que lugar é esse? —Perguntou Joaquim.
—É um reino mágico em que meu pai usava essa colher para se defender nas batalhas.
—Que falta de tecnologia, nem existiam as espadas!
—Nada disso querida Tina, o diamante tem um escudo mágico, nada de mal pode pegar quem a segura.
—Olhem eu estou vendo a letra X no alto daquela montanha.
—Vamos levar a colher conosco para nos proteger das armadilhas. —Disse Emanuel.
—Não vai dar crianças, o escudo protege apenas a pessoa que estiver com a colher, ou seja, apenas um de nós vai poder ir até lá.
Os garotos tinham que escolher apenas um para ir até lá para pegar o tesouro. Mas todos queriam muito serem os primeiros a
Tocar em tamanha preciosidade, até o momento em que Joaquim disse:
—Eu acho que quem deveria ir é a Tina, pois ela quem encontrou a chave.
—Mas fui eu que encontrei o mapa.
—Mas o mapa não serviu de nada, pois foi a Tina que encontrou o caminho e, além disso, ela encontrou a chave antes de você!
—Pois bem rapazes, nada de brigas, eu vou. Me de a pá.
—Boa sorte Tina.
—Tenha cuidado.
Tina pegou a pá e a colher, e foi passando por todas as armadilhas da letra A até todas á sua frente. Muitas tinham buracos, coisas puxando prendendo ou empurrando, mas o escudo a protegeu de todas.
Chegando na letra X, Tina cavou com a pá até bater em uma coisa, desenterrou e tirou a de baixo da areia:
—Nossa! Disse ela após abrir o baú. —Isso é lindo!
Dentro do baú havia muitos objetos de ouro puro e um vale presente na Loja do Biu.
Todos repartiram o tesouro, e voltam para suas casas, cada um levando uma bronca diferente, mas seus pais ficaram surpresos com a história e contentes com o ouro. Quem ficou com o vale presente? O vale foi um presente para o capitão Villegaignon, se ele gostou? Eu acho que foi melhor que nada!
Um mês depois Joaquim leu um livro novo chamado: À volta do capitão Peres, que quando o seu tesouro é encontrado, o capitão volta à vida e esconde um tesouro maior ainda... Mas essa já é outra história.
Fim

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